segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Se continuar assim...

... para onde vamos?

Nos últimos meses, tenho pensado bastante nisto... Se continuar assim, para onde vamos?

(isto, provavelmente eu já tenha até escrito aqui, ou algo parecido, então, por favor, me desculpe)...

Eu consigo me lembrar de quando era criança, dos tempos onde consegua brincar na rua, eu gostava de jogar futebol, mas também adorava vídeo-games, daqueles simples. Gostava de inventar histórias.

Sempre gostei de inventar histórias, talvez eu deveria ser um escritor. Sempre tive uma mente bem criativa, mas nunca conseguia transformar minhas ideias em histórias.

Mas, voltando a minha inocente infância, sempre pensei no que o futuro me reservava, no que eu iria ser quando crescer. Nunca acreditei em mim, na verdade. E talvez, se eu fosse seguir minhas histórias imaginárias, não estivesse nem aqui. Mas, na verdade, posso dizer que superei o que eu acreditava que eu iria ser.

E a vida foi passando, e fui crescendo.

E comecei a trabalhar. Viciado em trabalho, hoje, existe até uma palavra bonita para isto "Workaholic", só que, comigo e com meus botões sempre é "viciado em trabalho", ou ainda "escravo do trabalho".

E trabalhava desesperadamente, loucamente, arduamente. Sempre. Me dediquei ao máximo, poderia até não sair direito o trabalho, mas que, sempre houve dedicação, isto houve.

E eu, na minha infância, ficava pensando que, iria trabalhar um monte, e talvez nisto, eu tenha acertado. Mas, todas as minhas previsões que havia feito, errei. Errei feio...

Lembro das promessas feitas, em nunca mais chorar, por acordar em uma segunda feira, e vir aquela preguiça de trabalhar. Ou no domingo de noite, que você viu que o final de semana passou e não foi feito nada...

Não, não acordo ãs segundas feiras com vontade de chorar e com preguiça. E nem vou dormir com este sentimento. Mas sempre penso, no que passou. No que poderia ter feito, e no que eu fiz.

E nunca é o suficiente.

Penso sempre que, poderia ter me divertido mais, dormido mais, descansado mais, começado a fazer exercícios.

Pfffffff, pura bobagem, meus amigos.

Pensamos sempre nas coisas grandes, festas, jantares, baladas, almoço... esquecemo-nos dos pequenos detalhes.

Por um instante, que seja pouco, reflita na vida. Esqueça tudo, esqueça todos. Pense em nada.

Quantas vezes, no final de semana, onde podemos utilizar para apagar da rotina do dia-a-dia, passamos pensando no trabalho, na faculdade, na pós-graduação, no treinamento xyz que temos que fazer, em estudar... blerg, chega.

Estudamos, trabalhamos, e tudo isto, para que? - Pagar contas! - Dirão os mais sábios... blerg, denovo.

Claro que pagar contas é importante, e eu tenho as minhas contas para pagar, e que não são poucas.

Mas, o quanto este, trabalhar e estudar está prejudicando a nossa vida?

Lembra, do texto logo acima que escrevi sobre "pequenos detalhes"?

Então, e entre o trabalho e estudo, acabamos de esquecer de pequenos detalhes.

De sentir que tem pessoas que gostam da gente. De que está perdendo a oportunidade de amar a mesma pessoa. Perdemos a oportunidade de sentir a pessoa ao lado.

Estamos vivendo em um mundo que tudo precisa ser rápido, precisamos estar conectados a tudo.

Será mesmo? Não podemos tirar um domingo de manhã, ou um sábado a noite, para passar com pessoas que gostamos?

Estamos perdendo, para nós mesmos. Estamos perdendo a poesia, estamos perdendo a música, estamos perdendo o direito de amar. Estamos ficando perdidos.

E volto a pergunta. Se continuar assim, onde tudo isto vai parar?

Vale a pena?

Pra que tudo isto?

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